Se calhar era mais feliz a ver o Big Brother Vip. O chato é que não consigo MESMO ver isso! Fico-me, por isso, por umas séries (sim, sei que há dezenas de séries boas, mas o tempo é curto pra todas!).
De Abril de 2012 a Junho de 2013 mataram-me umas nove* personagens, daquelas fofinhas e de quem eu gostava bastante.
Começou logo em Abril, quando vi a primeira e segunda temporadas de
Game of Thrones de uma assentada. Nem queria acreditar (ainda não tinha começado a ler
A Song of Ice and Fire, e nem um único
spoiler assombrava o meu pensamento) quando algures no segundo ou terceiro episódio matam um dos lobos de estimação. Caraças, pá! Lá mais para a frente decapitam-me o
Ned Stark, personagem que eu tomava por principal e que julguei um peão importante na série. Como vi logo a segunda temporada a seguir à primeira, só senti o choque inicial resultante da audácia do
George R. R. Martin, e na verdade,
the show must go on.
Depois disso, em Maio, foi aquele final catastrófico em
Grey's Anatomy, onde só já falta sobreviver a um tsunami, ou coisa que o valha (toma notas,
Shonda Rhimes). Lá se foi a
Lexie Grey, a minha personagem favorita (não, não é a sofrida da
Meredith e há já umas boas temporadas que nem a vejo bem) e por causa de quem chamei à
Lexie, Lexie. Aí sim, fiquei tão aborrecida que fiz um voto de
não-vou-ver-mais-esta-série-só-se-por-acaso-estiver-a-passar-no-canal-de-gaja-conhecido-por-Fox-Life. E depois logo em Setembro levaram-me o
Mark Sloan, apesar de já não ter feito tanta mossa, uma vez que não fazia sentido na série sem a sua cara-metade.
Em Outubro tive um acidente de carro e fiquei em casa durante uns dias. Aproveitei e vi de uma só vez a primeira e a segunda temporadas de
Downton Abbey, e segui, à medida que os episódios iam saindo, a terceira temporada.
Achei que era uma série que se estava a portar bem, com os enredos bem construídos e interessantes, e onde, aparentemente, não havia necessidade de matar personagens principais. Enganei-me redondamente. Assim que tive esta falsa sensação de segurança, pimba, arrancam-me a
Lady Sybil sem dó nem piedade. Pensei que já tinha tido a minha dose de mortes trágicas até ao final de 2012, afinal nenhum autor que se preze vai matar duas personagens principais numa única temporada, quando a próxima já foi anunciada,
certo?
Errado! Quando menos se espera, após cinquenta minutos de episódio fofinho, depois de coisas fofinhas acontecerem na vida das personagens, eis que a desgraça se abate sobre os
Crawley e me matam o
Matthew! Juro que achei que não estava a ver bem. Tive que voltar atrás. Duas vezes.
Chegamos depois a Junho de 2013. Os episódios finais de
Game of Thrones aproximam-se, e se em 2012 fui apanhada de surpresa, agora já estava (
mais ou menos) ciente do que ia acontecer. Mas ler o
Red Wedding numa página da Wikipedia é bastante diferente de ver a cena a desenrolar-se. Quer dizer que é mesmo a sério. Adeus personagens, adeus
Robb e
Catelyn, foi um prazer. Obrigadinha
George R. R. Martin por esta facadinha no final de um ano em que tive que me despedir de pessoas de ficção a quem me tinha ligado emocionalmente.
* E sim, estou aqui a contar com a Lady e o Grey Wind, que me fizeram deitar uma lagrimita (atenção que a Lexie Grey me fez soltar uma barragem).
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